quinta-feira, 8 de julho de 2010

CARTA ARGUMENTATIVA



Catanduva, 16 de abril de 2010.
Excelentíssimo Senhor Presidente Barack Obama,

Como cidadão brasileiro e, acima de tudo, habitante do planeta Terra, não posso deixar de expressar meu desapontamento diante da postura de Vossa Excelência e, mais especificamente, de seu governo, durante a conferência climática de Copenhague. Isso se deve à indisposição de seu governo para assumir uma política ambiental mais engajada, mesmo frente a uma iminente catástrofe climática global.

A meu ver, alguém que exerce o cargo de Presidente dos Estados Unidos, nação mais rica e poderosa do mundo, como é o caso de Vossa Excelência, deveria dar o exemplo para os governantes de outros países, tomando posições mais firmes sobre este assunto. Além disso, o senhor tem o dever de “prestar contas” ao mundo pelo fato de seu país ser, ao lado da China, o maior emissor de gases poluentes, como o dióxido de carbono. Assim, levando em conta esses fatores, é realmente vergonhoso o papel que o senhor desempenhou em Copenhague.

Os motivos, principalmente de cunho econômico, que levaram Vossa Excelência a tomar tal atitude podem até ser entendidos quando analisamos a posição ocupada pela economia dos Estados Unidos. Entretanto, esta atitude que, a curto prazo, gera vantagens para seu país, pode, a longo prazo, ter um reflexo catastrófico para todo o planeta. Nesse contexto, o Excelentíssimo Presidente não acha correto abdicar de uma ínfima parcela de crescimento econômico, hoje, em prol de assegurar um futuro para seu país e para o mundo?

Além disso, o crescimento econômico que seria “perdido” num primeiro momento poderia ser recuperado mais tarde de forma sustentável, bastando, para isso, o incentivo a esse tipo de desenvolvimento, como a busca de formas de energias mais limpas. Esse também seria o momento certo para repensar o modelo de vida levado pela sociedade norte-americana, baseado num consumismo insustentável, que caminha para o colapso. Um exemplo disso são os efeitos da crise econômica mundial na população de seu país, que sofreu (e ainda vem sofrendo) com vários problemas dessa ordem.

Assim, como uma pessoa consciente dos problemas ambientais enfrentados pelo mundo, peço, humildemente, para que Vossa Excelência repense seu posicionamento quanto às políticas de combates às mudanças climáticas. Se “sem sacrifício não há vitória”, é justo desacelerar um pouco a economia para que o mundo seja salvo deste funestro futuro que nos assombra.
(Luís Augusto Furlan Financi – terceiro ano B- Colégio Ressurreição)

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